13 de fevereiro de 2010

"10 Coisas que você precisa saber sobre Perder Peso"

Esses dias andei assistindo uns documentários (que por sinal eu ADORO!). Tem um site que é ótimo e está recheado de documentários sobre os mais diversos assuntos >> AQUI!


Um que eu adorei chama "10 Things You Need To Know About Losing Weight" da BBC ou "10 Coisas que você precisa saber sobre Perder Peso".


Eu imaginava que seria mais uma lenga-lenga dos cientistas...Mas na verdade eles mostram cientificamente que alguns mitos são verdadeiros como: nunca ficar em jejum por muito tempo, comer mais proteína pela manhã ajuda a ficar saciado por mais tempo, etc. Vale a pena!


Olha só a sinopse:


"Todo ano, milhões de pessoas tentam perder peso e a maioria fracassa. Somos constantemente bombardeados com dicas sobre emagrecimento e as últimas dietas da moda. Neste programa, o médico e jornalista Michael Mosley investiga as últimas descobertas científicas em emagrecimento, revelando 10 formas bem simples de perder peso. Do segredo da sopa à resposta do nosso cérebro após eliminarmos uma refeição, o que ele descobre pode mudar o que você pensa sobre dietas, saúde e perda de peso. Michael não aparenta ter sobrepeso, mas, ao fazer o documentário, ele descobriu que, como milhões de outros, tem gordura interna ao redor dos seus rins e fígado. Em razão disso, ele mesmo testa as dicas científicas e, ao final do programa, mostra o resultado alcançado.

Além disso, o músico Alex James, um apaixonado produtor de queijos, testa uma intrigante descoberta científica - que os laticínios com pouca gordura podem ajudar a excretar mais gordura dos alimentos. A apresentadora de rádio, Amy Lame, aprende como pequenas alterações em sua rotina diária podem ajudar a queimar mais calorias, dica útil para quem odeia exercícios e academia. A atriz Debbie Chazen, que se alimenta de forma saudável, tem seu metabolismo testado e faz um diário de sua alimentação, obtendo resultados surpreendentes. O programa revela o motivo pelo qual a sopa nos mantém saciados por mais tempo que o alimento sólido. Cheio de dicas práticas e observações científicas, o documentário mostra como qualquer um pode emagrecer mais facilmente."



Assista!


Parte 1





Parte 2



Parte 3


Parte 4


Parte 5


Parte 6 - Final

"Dizem que os gordos devem se exercitar e que um ótimo lugar para isso é a academia, mas os gordos não são pessoas bem vindas nesses estabelecimentos. Você nunca reparou a plaquinha que está aí em cima espalhada por todos os cantos? Então preste mais atenção…
Logo na entrada encontramos uma catraca, mas o gordo não passa passa por ela. Para a sorte dele o estabelecimento segue as normas de acessibilidade e tem um portãozinho ao lado. Se espremendo um pouquinho ele consegue passar.
A academia exige que seja feita avaliação física, no local, mas a balança só suporta até 150 k e o gordo passou um pouquinho disso. Como também não dá para medir as dobras cutâneas e a bicicleta parece de brinquedo, perto do gordo, é melhor deixar a avaliação para depois…
Disseram para o gordo que atividades aeróbias são essenciais, mas o bumbum do gordo “engole” o banco da bicicleta ergométrica e a esteira é muito fraca para agüentar tanto peso…
Ok, ainda restam as aulas de ginástica. Step, Jump, Bike… epa Bike não dá…o banco é ainda menor… A circunferência do Jump é quase igual à do gordo e a música do Step é tão rápida que mal dá para tirar o pé do chão, imagine ficar subindo, descendo, girando…
Apesar de achar uma chatisse, disseram para o gordo que musculação é importante, porque a dieta promove perda de massa muscular e ele precisa mantê-la para diminuir o risco de lesões. Aff…mais da metade dos aparelhos não comportam o tamanho do gordo, o jeito é pegar um colchonete e fazer o exercício no chão… E depois? Quem ajuda o gordo a levantar?
O jeito então é ir direto para a piscina, afinal hidroginástica é perfeita para quem é gordo. Reduz o impacto, proporciona o trabalho aeróbio e também o localizado que o gordo precisa. Finalmente alguma atividade que o gordo consegue fazer! E quem se importa se o gordo odeia piscina, odeia ter que colocar roupa de banho??? O mais impotante são as amizades que conseguirá fazer, sua colega mais jovem tem 30 anos a mais do que ele é ótimo conversar com pessoas maduras. Além disso o gordo tem um pouco de dificuldade para entrar e sair da água, mas já está superando, fato que, absolutamente, não o impede  de participar da aula.
Hora de ir embora. O gordo vai tomar banho, ele pode escolher entre dividir aquele box sem divisórias com os outros alunos com os músculos inchados de tanto malhar ou usar o box individual, basta ter cuidado para sair de costas, porque o local é um pouco estreito…
Na saída a recepcionista foi super bacana, abriu logo a portinha e disse bem alto: “sai por aqui que é mais fácil para você! Até amanhã!” O gordo não voltou nunca mais…"
Quem não é obeso até pode achar engraçado, afinal só sabe o quanto sofre um obeso aquele que é, ou um dia foi gordo...
Triste isso...

12 de fevereiro de 2010

Avaliação Psicológica

Voltei para contar para vocês sobre como foi a avaliação psicológica. Acho que essa é uma das avaliações mais temidas, se não for a mais temida de todas...


O médico pediu 3 sessões com a psico. E eu fui lá ver no que dava.
Na primeira sessão já fiquei super tranquila. Achei que ia encontrar alguém séria, carrancuda e que ia me encher de perguntas.


Eu que sou pouco tagarela, nem precisei que ela terminasse a primeira pergunta para começar a falar. 


 A pergunta foi:
"Por que você resolveu fazer a cirurgia bariátrica e por que agora?"


Tagarelei quase 50 minutos e já estava na hora de ir. 


A psico me entregou um diário alimentar que eu deveria preencher durante três dias alternados. O diário, em formato de tabela, trazia perguntas como:



  • O que Comeu / Horário / Quantidade / A Refeição foi Planejada?/Quanto tempo durou a refeição? / Qual sentimento (raiva, cansaço, culpa) / Sentia fome antes?/Foi por Compulsão?/Sensação de fome depois de comer
.
Pediu que eu levasse o diário na próxima sessão, e também que o levasse na consulta com a nutricionista. 

Na segunda sessão ela trouxe uma técnica (como chama) para conversar comigo. Por motivos de ética, prefiro não falar como foi, pois caso alguém passe por algo semelhante, não será influenciado. Sò o que posso dizer é que esse instrumento serviu para avaliar o quão ciente eu estava do que representava a gastroplastia na minha vida.

Na última sessão, tive que levar alguém da família, de preferência alguém que morasse comigo. Se não tivesse ninguém disponível, poderia ser uma amigo, ou colega de trabalho. O importante é que fosse alguém que convivesse diariamente comigo.

Falamos sobre expectativas, dificuldades, obstáculos, desejos, sonhos, frustrações. Tudo relacionado à gastro. Mas o foco principal foi preparar meu marido para que ele fique atento a possíveis sinais que posso apresentar caso algo esteja errado comigo, principalmente se eu cair em depressão.

Destacou as fases de quem opera: 

  • Fase do bebê: A cirurgia é como um renascimento para a maioria das pessoas e o pós operatório inspira muitos cuidados. A relação paciente-nutricionista muito se assemelha a relação bebê-pediatra. É o nutricionista/pediatra que vai ditando as regras, liberando alimentos aos poucos, passando da fase liquida (no caso do bebê a amamentação/mamadeiras) para a pastosa (sopinhas), a introdução gradual de alimentos, até a alimentação estar completa. É uma fase de maior fragilidade emocional
  • Adolescência / Emagrescência: É quando já se percebe o emagrecimento, já é possível comprar roupas em "lojas normais", há mais paqueras, maior preocupação com a aparência. Nessa fase, pessoas comprometidas começam a despertar ciúmes em seus parceiros, solteiros voltam a se relacionar amorosamente, há uma sensação de bem-estar constante, euforia. O adulto se não acompanhado, pode desenvolver um estilo de vida "cool" demais e age impulsivamente, tentanto recuperar o tempo perdido, e se não tiver bom senso, pode se machucar com isso. Muitos, ao emagrecerem, sentem-se ótimos e abandonam o acompanhamento médico/nutricional/psicológico.
  • Fase Adulta: A cirurgia está praticamente esquecida... Já está incorporada à vida real. A meta de peso foi alcançada e a vida real grita. Os problemas que existiam antes da gastro continuam (ex: marido foi infiel, pessoa não consegue emprego). A pessoa precisa estar preparada e consciente de que a cirurgia não vai resolver os seus problemas. Magros também tem desilusões amorosas, também ficam desempregados, enfim, magros também tem problemas. Por isso a necessidade de seguir com um acompanhamento psicológico ao longo do tempo.

Nooooossa, quanta coisa, né??? Esse post ficou gigante, mas acho que valeu a pena.
Fica a dica então:
Independente do método (gastro, RA, etc) que vc utiliza no seu emagrecimento, lembre-se que o apoio psicológico é fundamental!! 

Beijos e até a próxima!!

10 de fevereiro de 2010

Consulta com Endocrinologista/Psicóloga/Nutricionista

Eu estava super curiosa (e ansiosa também) para saber como seriam essas primeiras consultas. O que será que me perguntariam? Será que eu tinha o perfil para a cirurgia? Meu medo era que não me liberasse, mas lá fui eu para a primeira consulta.


Com a endocrinologista foi jogo rápido. Ela me pesou, mediu altura, calculou IMC fez perguntas do tipo: Tem histórico de obesidade/diabetes/hipertensão/doenças cardiovasculares na família? O que vc já fez para emagrecer? Por que decidiu pela cirurgia. 
Aliás, todas essas perguntas foram refeitas pela psicóloga, pela nutricionista, pela cardiologista e pneumologista.
Todos os especialistas pediram exames e fiz assim que possível:

  • Exames de Laboratoriais: Hemograma Completo, Colesterol Total e Frações, TSH, T3, T4, Cortisol pós-supressão com 1mg de Dexametasona, Creatinina, Insulina, Glicemia de Jejum, Curva Glicêmica, Cortisol livre urinário 24h, , B12, Coagulograma, Cortisol Salivar
  • Outros: Eletrocardiograma, Ecocardiograma, Ultrassonografia Abdominal Total, Prova de Função Pulmonar. Precisei fazer também uma Ressonância Magnética da Sela Túrcica e uma Tomografia Computadorizada de Abdome. Isso pq deu uma alteração num exame de sangue e foi preciso investigar. Mas Graças a Deus não deu em nada!
No próximo post, vou descrever como foram as consultas com a psicóloga.
Até lá!

9 de fevereiro de 2010

NOVIDADE DELICIOSA

Domingo estive no mercado e vi um novo produto da Kibon: Fruttare Multipack.


Achei a novidade D-E-L-I-C-I-O-S-A !!!
Na caixinha (que custa 12 reais no Carrefour) vem 10 picolés: 2 de coco, 2 de abacaxi, 3 de limão e 3 de uva.
O legal é que o picolé é um pouco menor do que o Fruttare que vende na padaria em embalagem individual.
Ele tem 44g e 48kcal na média.
Nesse verão é tu-di-bom!
Eu não sou muito chegada a sorvete de massa. DETESTO o da Kibon. Não sei o que aconteceu com o sorvete deles, mas não consumo mais. Aliás, aqui onde moro (Campinas) tem sorveterias deliciosas, e com um preço muito bom. Mas mesmo elas tendo a linha diet/light não dá para abusar. Não é mesmo?
Então ficamos com o velho e bom picolé de fruta!!!

A ESCOLHA DO CIRURGIÃO

Começou a maratona: Com quem operar?


Mudei para Campinas em fevereiro do ano passado e precisava de um médico aqui para me operar. Até fui numa consulta com um médico em SP, mas achei loucura demais, porque nos dois primeiros anos é preciso fazer acompanhamento com médico, psicólogo e nutricionista quase que mensalmente. Seria insano ir para SP toda vez que precisasse ir a uma consulta.


Então recorri ao (maravilhoso) pessoal do Orkut.


Tive indicações de vários médicos e fui para a primeira consulta: Dr. Hércio Cunha, da Unigastro .


Fomos eu e o maridão. Senti muita segurança nele e decidi não procurar mais nenhum outro médico. Já tinha decidido: seria ele.


Conversamos bastante. contei para ele sobre minha vida gorda, sobre minhas idéias de operar anos atrás, da negativa do outro médico, das minhas pesquisas e da minha certeza de que era a hora.
Ele disse que me achou bem segura do que queria e me encaminhou para a equipe dele.
O próximo passo seria passar pela endocrinologista, psicóloga e nutricionista. Além disso eu poderia começar os exames. E assim eu fiz!

MAS POR QUE A CIRURGIA? (Parte 2)

Então vi que era a hora: Ou emagrecia de vez, ou morria! Talvez não uma morte física, mas uma pessoa que não sai de casa por causa do peso, pode ser considerada viva?

Decidi dizer: "Ei, Vida! Eu não vou desistir de você!!", antes que ela, a vida, desistisse de mim...

A Gastroplastia já era um pensamento possível desde 3 anos atrás. Na época, muito decidida a emagrecer resolvi: Vou operar!

Graças a Deus, e aos médicos éticos, o meu gastro na época (que também é cirurgião) disse: Flávia, essa é uma decisão muito séria. Eu não vou te operar agora. Você precisa amadurecer a idéia.

Confesso que saí com raiva do consultório, mas isso foi muito bom.

Durante os últimos 3 anos pesquisei muito sobre o assunto, vi amigas e pessoas conhecidas operarem, entrei no Orkut. Decidi procurar um cirurgião no dia 1o. de julho de 2009.

Segundo a equipe de meu médico, somente 3% das pessoas obesas consegue perder mais de 40 quilos e manter o peso por mais de 3 anos. Então precisei ser realista e decidi: Chegou a minha hora!

MAS POR QUE A CIRURGIA?

Vocês devem estar se perguntando: Por que é que essa gorda preguiçosa não faz uma dieta, uma reeducação alimentar e perde essa banha logo de vez?

E eu respondo: Sou muito mais do que uma gorda...Sou uma obesa mórbida. Já pesei 116 kilos e tenho 1,65m de altura. IMC=42,6. Sofro de Obesidade Grau III e felizmente não tenho comorbidades (diabetes, colesterol, hipertensão, apnéia). Mas sofro com a obesidade desde pequena.

Sempre fui "cheinha". Só me lembro de ser "magra" por volta de meus 8 anos de idade, quando dei aquela espichada que toda criança costuma dar. Mas logo depois disso veio uma barrigona. Braço fino, perna fina e um barrigão. Sempre me vi gorda. Nunca me achei normal.

Minha mãe se diz culpada por eu ter engordado tanto. Ela contou que engrossava minhas mamadeiras com farinha láctea.

Eu duvido que isso seja o responsável pelo meu excesso de peso. Sei de quem é a culpa: minha!

Vendo minhas fotos de criança vejo que não era tão gordinha. Mas eu enfiei isso na minha cabeça desde que tinha 9 anos de idade e assumi essa identidade. Fico triste olhando fotos antigas em que eu me julgava uma baleia e não tinha nada mais do que sobrepeso. Cheguei a pesar 70 kilos quando fiz 12 anos e isso assustou muito meus pais que me levaram para o médico e daí surgiram as primeiras dietas.

Não posso dizer que tentei de tudo, até porque nunca fiz essas dietas (sopa, lua, usp, etc). Só fiz a das proteínas e vigilantes do peso. Deus certo? Claro! na primeira e na segunda semana...Depois não aguentei...

Fiz, quando completei 25 anos uma reeducação alimentar, aliada à sibutramina. Foi o período que mais fui magra na fase adulta. Pesei 82 kilos. 4 meses depois de começar a RA e emagrecer 20 kilos, comecei a namorar e vi o ponteiro da balança passar de 82 para 84, 87...e para os 102 de volta foi um pulo. Meu marido (namorado na época) dizia: Vc é linda! Eu te amo do jeitinho que vc é. E eu confesso que usei essa frase como desculpa para voltar a comer o que eu gosto (pães, doces, massas fast-food. pensava: dane-se que vou engordar...

Mas o tempo passou e os 102 viraram 106, que viraram 112 que chegaram aos 116kg!

Foi quando eu me desesperei e pensei: É agora ou nunca!!!