2 de março de 2010

Os que poderiam-ficar-quietos-mas-não-ficam





Seja você operada, ou praticante de algum tipo de dieta já deve ter se deparado com um desses tipinhos que fazem questão de falar horas e horas sobre o assunto, sempre com uma desgraça na ponta da língua, principalmente se o assunto for a cirurgia. Mas que saco isso!!!


Sempre me pergunto porque cargas dágua esse povo não cala a boca e vai cuidar da sua própria vida!!!


Se vc está gorda é porque está gorda...se está magra, está com cara de doente...Mas que inferno...Vivem cuidando da nossa vida...


Esse tipo é fácil de ser reconhecido, preste bem atenção: 


- Geralmente a roupa que vestem é brega, mas sempre faz parte do figurino algo da moda-da-novela-das-oito tipo um terceiro olho, a maquiagem igual da Jade, ou o brinco igual ao da Luciana.


- Vão chegando e se intrometendo sem serem chamadas. Ou é na fila da padaria, na porta da escola do seu filho, num almoço de família ou na saída da igreja.


- Falam num tom como se soubessem mais sobre dieta e cirurgia bariátrica do que seu próprio médico, que estudou pelo menos 10 anos para isso. A maledicente só precisou ler a entrevista com o médico do Faustão que saiu na última edição da Ti-Ti-Ti.


- A conversa sempre começa com a frase: "Fiquei sabendo que vc vai operar...nossa, cuidado, hein!!!" e milhões de desgraças depois, finaliza com "Mas você tem um rosto tão bonito..." 


Argggghhhh!!!!


Essa criatura, não satisfeita em se meter na sua vida, insiste em dar aulas de como emagrecer, mesmo com a pança saltando para fora da calça-jeans-igual-a-da-mocinha-da-novela. Diz para tomar um copo de vinagre em jejum, tomar suco de abacaxi com couve e casca de limão e pó de gelatina.


Ela leu naquelas revistas de 1,99 que basta caminhar 3km por dia de costas que vc emagrecerá 15kg em uma semana!!!! 
Maravilha, né? Como é que seu médico não sabe disso ainda???? Afff...Que desatualizado!...Quanto tempo ele perde nesses congressos sobre cirurgia bariátrica, enquanto a solução dos problemas está no Cogumelo do Sol??...Que bobinho!!!


Mas ainda assim você (trouxa) insiste em dizer que decidiu pela cirurgia, por ser obesa mórbida, que não é só uma questão de estética, e blá-blá-blá...
Aí vem o golpe fatal: A maledicente desanda a contar histórias, uma mais desgracenta do que a outra. 


Nenhuma aconteceu com alguém próximo..sempre com o primo-da-amiga-da-tia-da-vizinha-da-irmã-da-dona Dirce. Mas a cobra conta como se fosse com um amigo íntimo...


"O Alfredinho??? Coitado! Era um gordão...parecia um elefante...Resolveu fazer essa operação aí...Morreu coitado!!! Teve trombosa (se liga que nunca a imbecil diz as palavras corretamente). "


"A Jalmirene morreu de tanto comer....Dizem que ela explodiu que nem um balão...PLOFT!!..Que desgraça...Isso porque ela ficou com vontade e comeu um pedaço de maçã...tadinha..."


E depois que vc opera, vem outra tortura...
Vc encontra a criatura quase que diariamente na fila do banco/padaria/farmácia e lá vem ela:


"Nossa! Já tem duas semanas que vc operou e ainda está gorda?"
"Coitada de você, agora não pode comer mais nada, né?"


Isso quando ela não te convida para um churrasco na casa dela e diz:
 "Fiz gelatina para você! Você não tem vontade de comer picanha, né?"




Aff!!! 
Dá vontade de matar...
E o pior é que existe gente assim por todos os cantos: No trabalho, no prédio, na escola, até em nossa própria família!!!! 


Por isso que decidi não contar para ninguém sobre a ciru. Só para as pessoas bem próximas. Algumas vão saber, pois, não dá para esconder...
Outras, se perguntarem eu finjo que não é comigo...
Só as que sei que me apoiarão e que torcem por mim sabem.


Assim não ouvi desgraças, nem nada...Fiquei ansiosa o suficiente antes da ciru e não precisava de gente desse tipo torrando minha paciência...


E você? Para quem contou?

1 de março de 2010

Um Pouco Sobre Mim - Parte 1

SOBRE MIM...
Faz um tempinho que eu comecei a escrever esse blog e ainda não contei muito de mim, não é mesmo?
Então vou aproveitar esse post para falar para vocês sobre um pouco da minha vida. Lógico que não dá para escrever muito aqui, senão vira um livro, né?
Bom vamos lá!!!


Sou Flávia, tenho 30 anos, casada, moro em Campinas, apesar de ter vivido 29 anos em São Paulo, morando ao lado da Av. Paulista.
Sempre fui apaixonada por SP, nunca imaginei sair de lá. Em 2005 conheci meu marido. Eu de SP, ele de Campinas.
 Nos esbarramos no Orkut e começamos a conversar. 
Na época, envolvida com outra pessoa, olhava meu marido com outros olhos, como um amigo. Era com ele que eu desabafava sobre o outro relacionamento. Aos pouco fui descobrindo uma pessoa linda e o outro relacionamento, que nunca tinha dado certo deixou de existir. Então começamos a namorar. Entre namoro, noivado e casamento foram 12 meses e meio.
Nos casamos e decidimos ir morar em SP, pois eu tinha um excelente emprego por lá.
Ele conseguiu um super emprego e de quebra uma bolsa e estudo, ambos numa das melhores faculdades do país. 
Vivemos juntos em SP por 2 anos e meio. Eu trabalhava numa escola particular, uma das melhores de SP, com um excelente salário. Mas aos poucos fui vendo que o dinheiro não era suficiente para me manter naquele emprego que exigia muito de mim e pouco me respeitava, como profissional e muito menos como ser humano. Desisiti...Queria pedir demissão...
Nessa época apareceu um concurso público na cidade de Campinas, com um bom (não excelente, mas muito bom) salário. 
Sempre sonhei em trabalhar em escola pública e vi nesse concurso a oportunidade desse sonho virar realidade.
Prestei o concurso e em menos de 1 mês fui convocada.
Na mesma época, houve o assassinato da menina Eloá, em Santo André. Isso me fez repensar sobre a qualidade de vida que queria para mim e para minha família. O trânsito, a poluição, tudo me fez querer buscar qualidade de vida, e isso significava morar fora de SP. Tínhamos o desejo de morar em Indaiatuba, mas como meu marido não poderia vir para Campinas comigo por causa da bolsa de estudos, decidimos que eu moraria em Campinas mesmo, bem perto da casa de minha sogra, para que eu não ficasse tão sozinha.
E assim tem sido nossa vida. Ele lá, eu cá...rs!
Nos vemos somente aos finais de semana...isso até o curso dele acabar.
E eu aqui, vou trabalhando numa escola municipal de educação infantil, num bairro da zona rural de Campinas. Jamais fui tão feliz profissionalmente!!!


Temos também a Bárbara, nossa cachorrinha...Babi, para os íntimos...
Nossa paixão!
Csotumamos dizer que a Babi não é um cachorro...é um anjinho em forma de bicho...Ela é demais!!! Minha super companheira!!!
Olha só se ela não é linda:


Linda, né?
Ela é muito fofa e pra lá de esperta...Qualquer dia coloco um vídeo dela aqui para vocês verem.


Beijos!!!

Como foi a Cirurgia - Parte 2

Dia 17/02/2010 - +- 19h - Voltando da Anestesia

Acredito que por volta das 19h horas acordei da anestesia... Estava bem confusa, olhava em volta sem entender nada... Não saia onde estava...Não sentia dor...Só uma sensação de estomago cheio...
Olhava em volta e via outras pessoas deitadas nas macas, e não sabia bem porque elas estavam ali. Em poucos segundos minha tortura acabou... A Conceição (instrumentadora e secretária do médico) me acordava docemente, dizendo que tudo tinha corrido bem e que iria descer na recepção e avisar minha família. Foi nesse momento que eu me dei conta de que estava no hospital (!?!) e que tinha feito a ciru e o melhor ainda: Tinha voltado da anestesia sã e salva!
A primeira coisa que pensei foi: "Obrigada, Meu Deus!!! Obrigada por estar viva, por a ciru ter dado certo e por ter essa oportunidade". 
Adormeci novamente e acordei instantes depois com a enfermeira me levando para o quarto. Ela foi me contando que eu tinha dado um pequeno "escândalo" ao retornar da anestesias. Foi preciso 4 pessoas para me segurar!!! Ainda no caminho, me lembro de ter levantado o lençol e passado a mão na barriga, procurando os cortes. Quando percebi que haviam vários cortinhos, o alívio: A ciru tinha sido por vídeo mesmo!!! Ufa!

17/02 a 19/02 - Dias no Hospital

Foram dias tranquilos. Sem companhia no quarto eu gostava mesmo é de dormir. Tinha dores suportáveis no local do dreno, que foram piorando conforme o efeito da anestesia (raqui) diminuía. Logo no primeiro dia cedo já tomei banho sozinha. Os enfermeiros só me ajudavam a colocar as meias. Era um entra e sai naquele quarto, nem dava para dormir direito à noite... 
Uma das enfermeiras, de nome Angela, muito atenciosa e competente, me dizsse que a cirurgia bariatica é uma das que requerem um maior número de medicação pós-cirurgica.
Para vocês terem uma idéia eu sempre tinha ligado em mim um soro enorme, mais uma solução de glicose. Os medicamentos iam se alternando: Antibiótico, Tramal, outro remédio para dores, Plasil e um outro, que não lembro o nome. Além disso, uma injeção diária de Clexane.
Levei notebook e nem usei. Levei livro e não li. Só queria saber de dormir.
Por causa da dor que sentia, não conseguia caminhar como recomendado, mas procurava me esforçar, e mesmo com dor, caminhava cerca de 8 minutos, 3x por dia.
O Dr. Hércio passava diariamente e me deixava tranquila ao dizer que a recuperação estava ótima. Tudo era um pouco difícil, como tomar banho, mas nada impossível. Basta ter paciência e não ser muito exigente. Eu tomava um banho básico. Não consegui lavar os cabelos nesses dias. Já ir ao banheiro Estava me recuperando rápido.




19/02/2010 - Alta: Hora de ir para casa.

Tive alta na sexta-feira à tardinha. Recebi uma listinha básica de medicamentos caso tivesse dores ou gazes. Obrigatório mesmo só o Nexium...
Minha mãe chegou, arrumamos as coisas e fomos embora...
Finalmente eu estava operada!!!